sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Interações positivas



Este post arrisca-se a soar a uma banalidade saída de um livro de auto-ajuda. Ainda assim, apetece-me partilhar uma revelação que tive hoje de manhã.

Em muitas situações do dia-a-dia tenho duas opções.

1) Ser educada e neutral. Neste caso a minha disposição antes e depois da interação é exatamente a mesma.

2) Esforçar-me por fazer um qualquer comentário simpático, que imagino que o meu interlocutor vai apreciar. Neste caso, recebo uma reação positiva e a minha disposição melhora.

Voltando a hoje de manhã.

Fui entregar um documento à secretária da direção. Entrei, cumprimentei, entreguei e expliquei o que era. Até aqui a situação era absolutamente neutral, não tendo afetado em nada a minha disposição. Quando ia a sair, reparei em duas flores amarelas numa jarra e comentei que as flores eram muito bonitas e animavam o espaço. 

Com esta simples frase o ambiente alterou-se. Recebi um grande sorriso e uma explicação da proveniência das flores. Transformámos uma situação neutra numa situação positiva.

Quando desci as escadas vinha a sorrir. A minha disposição tinha mudado.

Ao refletir sobre isto, e analisando situações similares, constatei que é um padrão. Se perder um minuto a perguntar pelos filhos, pelos netos, a comentar qualquer bonita ganho uma reação positiva.

A partir de agora vou sem dúvida estar mais atenta a isto. É que interações neutras servem para muito pouco.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Turismo em casa - Lisboa com outros olhos

Fim de tarde de um belo dia de agosto.

Eu já estou a trabalhar. O G. ficou com a avó e Ela veio ter comigo para acabar um dia de férias na nossa bela cidade, entre turistas e viajantes, subidas e descidas.


Primeira paragem: o Arco Triunfal da Rua Augusta. Belo nome, de um belo monumento, com um belo enquadramento, agora aberto ao público.

Esta vista de 360º sobre Lisboa deixou-nos abasurdidos, palavra que aparentemente não existe em português, mas que tão bem reflete os pedaços do francês de Paris que se encontra nesta paisagem. Deixou-nos sem saber para onde olhar.

Como a maioria dos olhos com sotaque espanhol se viravam para o Tejo, decidimos centrar-nos primeiro na Rua Augusta. Não há foto que retrate a magia do momento. A calçada. As pessoas. Os prédios. A luz. 


Por falar em luz, o que dizer da vista dos telhados a oriente, enquadrados nos prédios onde o amarelo e o branco se entrelaçam a dançando alegremente, enquadrados pela imponente mas discreta Sé, sorrindo discretamente para o Tejo que ao fundo se aproxima.


O barco, o rio, as histórias. É hora de descer para o Terreiro do Paço e sermos mais duas cores neste arco-íris da cidade.


Segunda paragem: Torreão Poente do Terreiro do Paço.


A exposição A Última Fronteira – Lisboa em Tempos de Guerra vale a pena. Para além de uma grande quantidade de informação interessante e bem organizada sobre Lisboa durante a Segunda Guerra Mundial, é uma boa oportunidade para mais umas vistas únicas do Tejo. Numa das janelas, é só mesmo Tejo.


Terceira paragem: passeio do Terreiro do Paço até à Calçada do Combro. Lisboa em movimento. Pessoas. Música. Vida. Muita vida.

Visita ao Park, bar da moda, para ver e ser visto, no último andar de um parque de estacionamento. Mais uma grande vista sobre Lisboa, agora do outro lado do Tejo. E ainda uma rápida passagem pelo Miradouro de Santa Catarina.

Já são dez horas e a fome aperta. Acabamos este dia de férias em Lisboa a jantar numa esplanada da Rua Serpa Pinto, numa zona mais tranquila do Chiado.

Felizmente é possível tirar férias entre as sete da noite e as oito da manhã!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Livros infantis #8 - A Zebra Camila


A Zebra Camila foi-nos apresentada ao vivo por um magnífico contador de histórias nos Cabeçudos.

Foi amor à primeira vista. Tanto que a trouxemos para casa connosco.

Num dia ventoso, a Camila é apanhada desprevenida e uma rabanada forte de vento leva-lhe as riscas pretas.

A Camila vai, então, encontrando animais que lhe dão, cada um, uma risca. Uma azul, uma amarela, a aranha até lhe tece uma risca rendada.

A Camila chega finalmente a casa. Já não tem as suas riscas pretas, mas também já não tem a barriga branca. Tem um arco-íris na barriga. É diferente das outras zebras, mas única e muito mais divertida.

Esta última parte já é conclusão minha, mas penso que concordarão depois de a conhecerem!

Os desenhos são apelativos e é uma história que se conta depressa, se se utilizar apenas os desenhos para ir contextualizando, ou devagar se se ler todo o texto e se apreciar todos os pormenores.

É uma questão de adaptar à idade do ouvinte e ao grau de paciência disponível no momento.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Arrumações criativas


Estamos de volta às rotinas e ao trabalho. 

Custa deixar o sol e o descanso, mas encontro sempre um conforto bom nas rotinas, por isso compensa!

A varicela sempre era varicela, mas o G. passou por ela sem perder a boa disposição e passado uma semana as pintinhas já eram quase invisíveis e pudemos ir descobrir a praia e a piscina.

Outra coisa que não foi minimamente afetada pela varicela foi a capacidade inventiva... Muito gosta este rapaz de arrumar coisas. E as soluções de arrumação nunca são demasiado evidentes.

Numa tarde andava doida à procura dos meus ténis. Procurei em todo o lado e nada.
Claro que a última frase não é rigorosa. Se tivesse procurado em cima da mesa de cabeceira, em cima do livro que andava a ler e por baixo dos ténis do G. teria encontrado logo. 


Estava já um bocadinho irritada, mas a irritação cedeu imediatamente à gargalhada quando pus os olhos nesta instalação. Tudo direitinho e arrumadinho, mas mil vezes mais divertido.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Uma mochila para as férias e uma quase varicela


Um telefonema da creche nunca é bom sinal. Por isso inspirei fundo antes de atender. - O G. está com umas borbulhas. Como outros meninos tiveram recentemente desconfiamos que seja varicela. - Expirei.

Fomos ao médico. Diagnóstico: ainda não podemos ter a certeza de que seja varicela, porque são muito poucas borbulhas. Observem ao longo do dia e voltem à noite se alastrar.

O G. estava feliz da vida, todo bem disposto, e assim ficou o resto do dia. As borbulhas não alastraram... Ficamos em modo stand-by até amanhã.

E entretanto, entre sestas e brincadeiras, ainda consegui roubar um tempo para fazer um mochila para as férias.


Queria que fosse leve e suficientemente flexível para caberem todos os brinquedos da praia. Utilizei o modelo que se costuma ver nos sacos do pão. Tudo costuras a direito e já está.

Como não tem forro fiz bainhas no tecido antes de juntar a parte da frente com a de trás para não ficar feio por dentro.



Para as alças acrescentei umas tiras de tecido de lado, por onde passa o fio que termina num nó.


Já está! 

Adeus varicela, olá férias! Pode ser?