quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A utilidade de um caderno bonito


Sempre fui uma pessoa muito prática. Sendo que prática aqui significa aborrecida. 

Se precisava de comprar um caderno para a faculdade, comprava um que tivesse uma capa resistente, de uma cor que não se sujasse e que fosse suficientemente neutra para não me cansar ao fim de um tempo. 

Entrava no supermercado, comprava e o assunto ficava tratado para todo o semestre. Prático, simples e já está.

Não foi há muito tempo que percebi para que serve um caderno bonito. E para o caso de haver por aí mais pessoas práticas e, sim, aborrecidas, vou desvendar aqui o segredo.

Um caderno bonito serve para nos fazer sorrir.

Até pode ficar sujo ou ficarmos fartos dele antes do fim do semestre, mas enquanto isso não acontece ficamos com um sorriso, ainda que interior, quando o pousamos em cima da mesa. O nosso olhar fica preso naquele objecto alegre que, por um milésimo de segundo, é a fonte de uma emoção boa.

Agora que precisei novamente de comprar um caderno comprei um que não me deixa indiferente e sorrio pelo caderno e pelo facto de a vida e tantos designers inspiradores na blogosfera me terem tornado menos chata.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O cantinho das histórias

Estivemos afastados daqui muito tempo, tempo demais, e já chega.

Passando ao que interessa. 

O G. adora histórias, acho que já o disse aqui. Antes de ir dormir nunca se esquece de pedir uma história e não é raro darmos com ele durante o dia a "ler".


Para além disso, estava na altura de atualizar o quarto dele. Havia uma zona para brincar no chão que já não fazia sentido, porque ele já se acha muito crescido e tem uma mesa e uma cadeira e um banco. O chão perdeu o interesse.

Então, inspirada pelas muitas imagens que rondam o Pinterest, como esta e esta, e, na verdade, pela minha própria criança interior que dá pulinhos só de pensar num sítio aconchegado para ler, lembrei-me de fazer um cantinho das histórias.


Já tinha quase tudo à mão. Foi, essencialmente, uma questão de mudar alguns dos móveis de sítio.

O tapete é um quilt que fiz ainda antes de fazer a mínima ideia de como se faz um quilt. Estava grávida e apeteceu-me. Tem pedaços de tecidos de camisas do pai e outros pedaços de tecido daqui e dali. 

O cesto tinha-o em casa e usei-o para os livros estarem acessíveis. Li nalgum sítio (que já não sei identificar) que os livros se tornam mais interessantes para as crianças se estiverem arrumados com as capas, em vez das lombadas, para a frente. Assim elas conseguem identificá-los e escolhê-los mais facilmente.


Por enquanto, o cesto só tem os livros de folhas mais grossas, que ele pode manusear sozinho, sem estragar. Os outros livros estão reservados para ler connosco ou pelo menos ao pé de nós.


Só acrescentei duas coisas que não tinha já em casa. 

Um candeeiro. Principalmente à noite e no inverno vai permitir ter uma luz mais aconchegante do que a do candeeiro de teto. Temos outro candeeiro do outro lado do quarto mas a luz não era suficiente. Este é do Ikea e escolhi-o porque não aquece, e portanto não queima dedinhos curiosos, tem um design simples mas bonito e tem uma mola, que permite prendê-lo à cama, já que ali não havia espaço para pousar nada.


A segunda coisa que não tínhamos já é a almofada dos robots. Quis fazer qualquer coisa que fosse especialmente para aquele sítio, feita de propósito. O tecido pareceu-me colorido e divertido o suficiente, sem ser demasiado abonecado. Utilizei a forma mais rápida e simples de fazer uma almofada - a técnica do envelope - e um dia destes vou partilhá-la convosco.


O G. gostou e o mais engraçado foi que ele percebeu logo o conceito. Para ele fez sentido que houvesse um sítio que serve para ler histórias. E, de facto, faz. Agora quero um para mim.